Manifestações no Brasil

domingo, 13 de setembro de 2015


No primeiro semestre de 2013, uma série de manifestações populares ocorreu nas ruas de centenas de cidades brasileiras. Tendo inicialmente como foco de reivindicação a redução das tarifas do transporte coletivo, as manifestações ampliaram-se, ganhando um número imensamente maior de pessoas e também novas reivindicações. A violência policial aos atos também contribuiu para que mais pessoas fossem às ruas para garantir os direitos de livre manifestação.
Em virtude da grande repercussão que essas manifestações alcançaram nas ruas e nos meios de comunicação de massa, é possível que elas sejam utilizadas como ponto de partida para avaliar o vestibulando, possivelmente testando seus conhecimentos em relação a outras grandes manifestações que ocorreram na história do Brasil. E isso pode ocorrer tanto nas provas de história quanto nas redações dos vestibulares e do Enem.
Fazendo uma retrospectiva histórica, podemos perceber na história brasileira que algumas manifestações conseguiram alcançar seus objetivos após reunirem milhares de pessoas.
Em 1992, grandes manifestações ocorreram nas ruas do Brasil pedindo o impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello. Frente aos fortes indícios de corrupção em seu governo, a juventude conhecida pedia a saída do presidente, que havia sido o primeiro eleito por voto direto após o fim da ditadura civil-militar. Esses jovens ficaram conhecidos como “Caras Pintadas”, pelo fato de pintarem em seus rostos pequenas faixas com as cores da bandeira do Brasil. Após forte pressão popular, Collor pediu a renúncia do cargo, assumindo em seu lugar o vice-presidente Itamar Franco.
Quando não alcançaram os objetivos pretendidos, as manifestações proporcionaram um debate sobre a situação política do país e estimularam a participação política de um número maior de pessoas. Foi o caso da campanha pelas “Diretas Já!”, iniciada a partir de 1983. O objetivo do movimento era a provação de uma lei que possibilitasse a eleição direta para Presidente da República. O país ainda vivia os últimos anos da ditadura civil-militar, o que não impediu que milhares de pessoas saíssem às ruas para participar de comícios e exigir a abertura democrática, depois de anos de controle político por parte das Forças Armadas. Apesar da pressão, a lei não foi aprovada e o presidente posterior foi ainda eleito de forma indireta pelo Colégio Eleitoral. Apesar dessa derrota, um novo cenário político abriu-se ao país, com uma maior liberdade de participação política.
Na década de 1960, o conturbado contexto político também gerou manifestações nas ruas. Durante o governo de João Goulart, havia uma intensa polarização política no Brasil entre os que apoiavam seu mandato de presidente e os que lutavam por sua saída. O estopim para o fim de seu governo ocorreu no mês de março de 1964. Após a realização de um comício na estação Central do Brasil, no Rio de Janeiro, onde aproximadamente 150 mil pessoas escutavam o presidente e seus apoiadores a defender as Reformas de Base, as forças políticas ligadas aos setores conservadores da sociedade iniciaram uma série de manifestações contra o presidente.
Essas manifestações eram denominadas como “Marcha da Família, com Deus, pela Liberdade” e levaram às ruas centenas de milhares de pessoas que se opunham ao pretenso comunismo de João Goulart. Na verdade, elas opunham-se às reformas que poderiam ter subtraído parte do poder econômico das classes dominantes do país. Essas marchas foram o argumento necessário aos militares para derrubarem o presidente, afirmando ter apoio popular para isso. Esse é um exemplo de uma manifestação que contribuiu para que a participação política fosse restrita, abrindo caminho para uma ditadura militar.
Outras manifestações de rua ocorreram na história do Brasil em diversos momentos. Cabe ao vestibulando, caso seja um tema presente nas provas, conhecer o contexto e os motivos que levaram as pessoas às ruas, principalmente suas reivindicações, bem como os desdobramentos dessas ações na história do Brasil. Essas observações têm por objetivo auxiliar o vestibulando na interpretação dos textos que podem ser expostos nas questões e redações, mas cabe ao candidato um estudo do contexto histórico que motivou essas manifestações políticas e sociais.

Olimpíadas e Brasil: Essa mistura vai dar certo?

   

   O Brasil irá sediar um dos maiores eventos do planeta em 2016 e se prepara para receber turistas, atletas e imprensa de todo o mundo. Para que tudo ocorra perfeitamente  bem na primeira Olimpíada da América do Sul, uma estrutura adequada deve ser planejada. A pergunta é se estamos preparados para assumir a responsabilidade de organizar um evento de alto porte.
     A verdade é que o Brasil tem uma infraestrutura ruim em relação à outros países que já sediaram as olimpíadas. A má qualidade de estradas e aeroportos brasileiros, a pequena linha de metrô, a situação dos estádios, a qualidade dos serviços oferecidos, os problemas com a segurança, todas as dificuldades ligadas à mobilidade urbana e o prazo para resolver tudo isso é motivo de preocupação para o governo. Esse deverá investir bilhões de reais para que o resultado seja positivo e é evidente que o Brasil tem outras áreas prioritárias de investimento: na saúde, educação e saneamento. Isso tem gerado uma grande discussão que está levando brasileiros a serem contra ou à favor do evento no país.
     Mas, como não há mais o que se discutir, pois as Olimpíadas acontecerão mesmo por aqui, olhar o lado positivo dos jogos é perceber que toda a estrutura esportiva e urbana que será feita para receber as Olimpíadas continuará aqui quando ela acabar. Além disso, as exportações irão aumentar, o turismo vai movimentar muito dinheiro no país, novos empregos surgirão, vão acontecer incentivos para preparar as pessoas para o domínio da língua inglesa, ocorrerá o estímulo da prática esportiva e tudo isso com os olhos do mundo voltados para o Brasil.
     Organizar uma superestrutura num país onde infraestrutura é um problema, é um desafio a ser enfrentado com bons planejamentos e muitos investimentos. Para o Brasil não falta competência para isso, mas ao realizar uma Olimpíada, o país vai ter que enfrentar vários problemas até 2016, e se conseguir passar por esse processo, irá se beneficiar com o que foi investido. Mas, uma nação que venceu a escravidão e  a exploração de suas riquezas,  com certeza vai fazer das Olimpíadas também uma oportunidade.
Fonte:http://euqueropassarnovestibular.blogspot.com.br/2011/05/tema-de-redacao-sobre-as-olimpiadas.html?m=1

O país sem água



Começa a assumir dimensões assustadoras a escassez de água na Região Sudeste, onde se localizam os Estados mais populosos do país. Não é mais um problema apenas de São Paulo, que está prestes a iniciar um drástico racionamento, nem cabe mais a politização da questão, como ocorreu na última campanha eleitoral. A falta de água e a iminente crise energética são problemas nacionais, que precisam ser enfrentados não apenas pelos governantes mas também pela população. Se as torneiras secas denunciam incompetência administrativa por parte das autoridades, também evidenciam o despreparo dos cidadãos para o consumo responsável de água e energia.
Embora o Brasil tenha a maior reserva de água doce do mundo, está à beira de um colapso sem precedentes. E não foi por falta de aviso: em 2002, o Tribunal de Contas da União promoveu uma auditoria em 19 regiões metropolitanas, que abrigam um terço da população, e denunciou o risco de colapso em todas elas, num estudo conjunto com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Agência Nacional de Águas e o Ministério do Meio Ambiente.
Na ocasião, os técnicos constataram que a crise de água não era consequência apenas de fatores climáticos e geográficos, mas principalmente do uso irracional dos recursos hídricos. E apontaram as causas: omissão das autoridades para tratar a água como um bem estratégico no país, falta de integração entre a política nacional de recursos hídricos e as demais políticas públicas, carências na área de saneamento básico e consumo inadequado de água, visto que muitos brasileiros a consideram um recurso infinito.
Não é, agora se vê com absoluta clareza.
Sem desconsiderar o descaso dos administradores, a falta de visão e de investimentos na criação de recursos e na geração de energia, é preciso reconhecer que o desabastecimento também se deve ao desperdício, ao consumo descontrolado, à poluição ambiental e à urbanização irracional, comportamentos que dependem mais dos cidadãos do que propriamente das autoridades, embora estas não possam se isentar da responsabilidade pela inexistência de programas educacionais.
Pois agora é urgente uma revisão nacional das estratégias de manejo da água, que introduza no cotidiano dos brasileiros a economia, o reúso, os cuidados ambientais e investimentos em novas fontes energéticas.

Fonte: http://www.interpretacaodetexto.com.br/redacaodis-
sertativa_1/redacaodissertativa_9.php






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